Swim, Bike and Run!

Paulo Araújo Costa

Amateur Triathlete Triathlon as a passion Swimming, Cycling and Running for a cause

Em Viana sobre chuva forte

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20th of January, 2013
Manuela Machado Half Marathon (Viana do Castelo)

(For now, It's just in Portuguese)

Quando acordei estava um dia frio de Inverno, as previsões meteorológicas estavam a bater certinho, chuva, frio e vento. Os dias anteriores tinham deixado marcas pelo país, árvores caídas, inundações e muita coisa que andou pelo ar a esvoaçar, e este domingo não parecia que iria ser melhor. Dois anos após a minha estreia na distância de meia maratona, lá estava eu a preparar-me para mais uma Meia Maratona Manuela Machado.

À hora combinada la estava eu com o resto da equipa do triatlo da AASM. 14 atletas, prontos a rumar a Viana do Castelo e a chuva continuava. Pessoalmente não estava com a ansiedade habitual, o meu objectivo estava delineado já à alguns dias, seria mais um treino, a pensar numa prova maior lá para Abril. E durante a viagem, chuva, muita chuva.

Lá estacionamos o carro, no local habitual, sim, já posso dizer que sou um habitue nas idas à Meia Maratona de Viana do Castelo, foi a minha 3ª participação. O local tem sido estrategicamente escolhido por ficar perto da partida e do local onde se levantam os dorsais. Mas este ano a organização trocou-nos as voltas e afinal teríamos de até ao outro lado da cidade buscar os dorsais. Ainda faltava uma hora, por isso não havia grandes stresses e la fomos, sempre debaixo de chuva. Lá chegados verificamos que o que normalmente era um processo rápido, desta vez seria bem mais demorado, estava uma fila considerável, e o tempo começou a passar. Quando finalmente todos tínhamos os dorsais na mão, faltavam poucos minutos para o inicio da prova e ainda tínha de ir ao carro tirar a roupa em excesso e ficar só t-shirt e calções, o que nos valeu foi que ainda havia muita gente nas filas. Correr foi a única solução, ficamos com o aquecimento feito.

Chegamos a tempo à partida, tinha sido adiada 10 minutos, mas já não pudemos fazer melhor do que ficarmos no fim dos 3 mil e tal atletas que lá estavam, mas como o objectivo era fazer um treino, nem me preocupei. Com o tiro de partida dado demorei cerca de 2 minutos a passar a meta e a iniciar o cronómetro do meu relógio. E a chuva continuava cada vez mais forte, ainda não tinha parado de cair e o frio cismava em ficar.


A corrida começou como eu tinha previsto, fui indo a um bom ritmo, sem forçar, a manter-me sempre numa zona de conforto, e a ultrapassar malta. Mesmo em ritmo de treino estava a fazer uma prova de trás para a frente. Os km's foram passando e continuei a ultrapassar, revendo alguns habitues nestas coisas das corridas e também alguns amigos que não sabia que corriam. Mas sempre acompanhado pela chuva, que ora era forte ou era menos forte, os meus pés desde cedo ficaram encharcados. Andamos para aqui a comprar sapatinhas o mais leves possível para pouparmos algumas gramas e basta um pouco de agua para as ensopar e lhes reporem todo o peso que se tenta retirar.

A prova é praticamente toda corrida na estrada que liga Viana a Ponte de lima, são 10 km para um lado e depois mais 10 km para o outro, com uma voltinha final pela cidade. Algures depois do retorno as ultrapassagens deixaram de ter a frequência inicial e a malta à minha volta começou a ser mais constante, destaco um galego com um comportamento menos normal, que ora passava por mim a grande velocidade, como logo em seguida se deixava ficar como que se estivesse a descansar.

Ao km 17, mais coisa menos coisa, perto da entrada de Viana, o percurso em vez de virar para a zona alta da cidade, como aconteceu nos anos anteriores, manteve-se na estrada que liga ao centro, à cota do rio. Uma melhoria, que se deve ter ficado a dever à empresa que este ano estava na organização da prova, a RunPorto. Afinal não foram só coisas más, como a desorganização em que se tornou a entrega dos dorsais, que a nova organização veio trazer.

Eu estava bem fisicamente, sem qualquer dor muscular, nem qualquer manifestação das dores que me têm perseguido desde que torci o pé no trail amigos da montanha, resolvi acelerar um bocado e assim regressei às ultrapassagens, situação que aconteceu até ao final da prova. Quase no final ainda apanhei o Paulo Neves, que acabou por ficar uns lugares atrás de mim.


Quando estava a alguns metros da meta olhei para o relógio oficial, com os olhos cheios de agua por causa da chuva, pareceu-me ver 1h e 41 m, pensei para os meus botões que afinal não tinha sido muito mau, se tira-se os 2 minutos que tinha levado a passar a meta, ainda ficava abaixo dos 1h40m, mas quando olhei melhor o cronometro ia em 1h e 33 m, afinal o meu treino tinha-me garantido o recorde pessoal na Meia Maratona. Quando parei o cronómetro, sob a linha de chegada, marcava 1 hora, 32 minutos e 36 segundos.

A partir dai comecei a arrefecer, e a ficar com muito frio, os meus dedos estavam roxos, foi correr até ao carro, pegar na roupa, ir a uma padaria, secar-me, trocar-me e regressar a casa, desta vez as famosas bolas de berlin no Natário ficaram por comer, mas para o ano espero que ainda estejam lá, e se puder ser, sem tanta chuva, porque os aquatlos só começam lá para Março.

Meia Maratona Manuela Machado - 21 km
Dorsal 1076 - Posição final: 732
Tempo 1 hora, 32 minutos e 36 segundos





Amateur Trithlete - Um gajo com a mania de que um único desporto é muito fácil, e que para ser mesmo desafiante tem de praticar os 3.

Paulo Araújo Costa
Porto, Portugal

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