Swim, Bike and Run!

Paulo Araújo Costa

Amateur Triathlete Triathlon as a passion Swimming, Cycling and Running for a cause

Sobre mim

Swim, Bike, Run

PorPaulo Araujo Costa

Amateur Triathlete

Iniciei esta aventura, com a mania de que sabia nadar, e não sabia, que era bom a pedalar, mas afinal não era e que não gostava de correr, o que veio a provar-se estar errado. Com o tempo fui melhorando nas 3 modalidades, fui aumentando as distâncias e fui mantendo o prazer que senti desde o primeiro momento. Sim, como muitos, tenho a manía de que um único desporto é muito fácil, e que para ser mesmo desafiante tenho de praticar os 3.

Já consigo nadar razoavelmente bem, pelo menos dá para sair da água mais perto dos primeiros.

A pedalar é onde me sinto melhor e será talvez o meu melhor segmento.

A corrida foi o que me levou a sair do sofá e iniciar esta maluqueira que é praticar Triatlo.

conquistas

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(10k) Corrida do dia do Pai

14 Março 2010

A minha primeira corrida, que me levou a sair da minha zona de conforto, deixar de ser sedentário e começar a correr.

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(21k) Meia Maratona Viana do Castelo

30 Janeiro 2011

O primeiro grande desafio, que me levou a treinar com regularidade e seguir um plano de treinos. Não correu como esperava, mas permitiu-me aprender e começar a evoluir.

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(350m 10k 2,5k) Triatlo Aveiro

2 Julho 2011

Com muitos amigos a praticar triatlo, decidi experimentar, comecei a treinar e inscrevi-me quando nadei os 350m em 10 minutos. Pensava que sabia nadar, tão enganadinho que estava.

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(42,195k) Maratona do Porto

6 Novembro 2011

Com pouco mais de um ano a correr, desafiam-me para a mítica distância. Com apenas uma meia realizada aventurei-me para o que deveria ser uma experiência única.

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(750m 20k 5k) Triatlo de Peniche

2 Junho 2012

O bichinho do triatlo estava instalado, inscrevi-me no Triatlo AASM e comecei atreinar. A minha estreia oficial foi em Peniche, o berço do triatlo em Portugal.

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(3,8k 180k 42k) Iberman

6 Outubro 2016

Nunca mais deixei de treinar e fui evoluindo, até que chegou a altura de me aventurar na prova raínha do triatlo, a distância Ironman. Com 9 meses a seguir um plano de treinos, fui até ao algarve e terminei a minha primeira prova nesta distância.

epopeias

Iberman

9 meses de treinos, que culminaram na minha primeira prova na distância mítica que é o Ironman.

Spirit of 78

Aliar a organização de uma prova da distância Ironman com a realização da mesma, terminando com uma das melhores experiências desportivas em que participei.

Prozis Triatlo Mar de Desporto

Depois de alguns anos a tentar, finalmente consegui trazer à praia de Matoinhos mais de 400 atletas. Uma aventura que me deixou mais exausto do que fazer um Ironam.

Caminho Portugês de Santiago (btt)

Uma ideia que me perseguia desde que iniciei esta coisa de voltar a ser atleta. 3 dias pelos trilhos do Camiño, Uma experiência muito gratificante, quer fisica, quer mentalmente.

Porto > Santiago > Porto

De novo a caminho de Santiago de Compustela, desta vez por estrada. Um dia para ir e outro para regressar. quase 500km em dois dias.

Grande Rota do Vale do Coa (btt)

A primeira grande aventura com os Wild Riders. 350 km pelos vales escavados do rio Coa. Com chuva, frio, sol e muito calor, num percurso muito duro.

3234

Horas a Nadar

23.250

Kms a Pedalar

10.024

Kms a Correr

134

Provas Realizadas

Publicações

Finalmente um duatlo (Duatlo de Famalicão)


3rd of March, 2013
III Famalicão MTB Duathlon

(For now, It's just in Portuguese)

E a época das provas de triatlo começou, desta vez com a minha participação no Duatlo BTT de Famalicão. E não podia ter começado melhor do que com uma ida ao pódio. Mas dizer as coisas desta maneira até pode ser enganador. Não, não fui eu que ganhei a prova, nem sequer fui o mais rápido da equipa da AASM, mas fui ao pódio, precisamente por pertencer à equipa. O triatlo AASM ficou em 3º lugar por equipas. Apesar de tudo é sempre bom começar a época no pódio.

Mas vamos por partes e comecemos por onde se deve começar, a contar o que aconteceu até chegar a este momento. Para começar, foi a minha estreia com a TRECK 3900, a minha velhinha bike de btt, já estava a acusar a idade e o seu comportamento nos trilhos já não era o melhor, como descrevi num post que escrevi no início do ano.


Às 8 da manha, lá estava eu no ponto de encontro para partirmos para Famalicão, a nossa comitiva era composta por 9 atletas a seguir desde S.Mamede (Eu, Nuno Barros, Daniel Reis, David Ferreira, Pedro Reis, Nuno Pinto, Elísio Miguel, Rui Pena e Paulo Neves) mais o Luís Ferreira que se encontrou depois connosco. Depois da confusão inicial da distribuição das bicicletas e das pessoas pelos carros, lá seguimos para Famalicão.

Desta vez chegamos cedinhos e fomos dos primeiros a colocar as bicicletas no parque de transição. Dando-nos algum tempo que aproveitamos para algum convívio, que levou a baixar um bocado os níveis de stress habituais, e permitiu fazer um aquecimento antes do início da prova. Aqui comecei a ver as coisas a andar para trás, ainda não tinha começado e as pernas já estavam a fazer-se sentir. A carga dos treinos que tenho feito, mais o pouco descanso que fiz no dia anterior estavam a fazer-se sentir. No dia anterior não abdiquei do treino de natação, que incluiu 3 séries de 100 metros em TL (tolerância láctea) como quem diz no máximo, nem de um treino de bike de 35km mais um passeio também de bike de 30km.


À partida estávamos mais de 700 atletas, a grande maioria oriundos do btt e que incluíam uns 100 atletas a fazer a prova em estafeta, o que queria dizer que estariam 100 corredores que seriam rendidos por atletas peritos em btt, não iria ser fácil e prometia muita confusão. À hora marcada a prova lá começou, e logo com uma subida, tentei começar forte, mas cedo comecei a sentir o acido lácteo a fazer-se sentir nas coxas, não ia ser fácil, normalmente isto só me acontece no segmento da bicicleta, mas não havia nada a fazer iria pagar a fatura do exagero do dia anterior a prova toda. Foram duas voltas a um circuito no parque urbano de Famalicão, tendo completado os 5 km, um bocado mais devagar do que poderia e sem a confusão que previ no inicio.


Depois de uma transição para a bicicleta bastante rápida, deparavamos-nos logo com uma subida íngreme, que deu para reforçar o que não me saía da cabeça, iriam ser 20 kms bem durinhos e sofridos, mas nada que não se conseguisse fazer. Gostei muito do percurso, bastante variado com algumas subidas em asfalto, estradões, single trecks, algumas partes mais fáceis, outras um bocadinho técnicas e com uma zona cheia de lama, bastante lama. Deu para encher a bicicleta e as pernas cheias de lama, acabei com bocados nos óculos e no capacete. lá encontrei o meu ritmo e lá consegui fazer as duas voltas ao circuito de 10 km.


A bicicleta portou-se lindamente, respondeu bem quando necessitei dela e a suspensão cumpriu o seu objectivo, que saudades que vou ter das coças que levava na velhinha bike.


Depois da bicicleta, regressei ao meu terreno mais natural, a corrida, e estava na altura de me vingar dos muitos bttistas que me foram ultrapassando no segmento anterior. Lá fui eu, um a um ultrapassando atletas, com pena de apenas dispor apenas de 2 kms e meio para o fazer., mesmo acusando o cansaço acumulado.


Quando acabei, não sabia quanto tempo tinha gasto, nem sequer os parciais dos 3 segmentos, pois com o stress das transições a ultima coisa que me lembrei de foi fazer a gravação dos tempos. Na bicicleta, já levava quase 800m quando me lembrei, e na ultima corrida foi com 300 metros corridos. Tive de esperar pelos resultados oficiais, acabei por fazer a prova com o tempo de 1:25:01. Bem bom, para quem começou já com as pernas cansadas. Em geral todos os elementos da equipa se portaram bem e excederam as expectativas, de salientar o grande tempo que o Nuno Barros fez, tendo em conta que veio de uma lesão grave, acabando em 28º da Geral.


Quando já estávamos com as bikes nos carros e prontos para regressar, ouvimos nos altifalantes que afinal a equipa de triatlo da AASM tinha ficado em 3º lugar por equipas e é aqui que entra a minha ida ao pódio, não foi por meu mérito directo, pois apenas contam os 3 melhores resultados da equipa e esse lugares foram para o Luís Ferreira, Nuno Barros e Pedro Reis. Mas é sempre bom começar assim.


E o que tirei desta prova? em primeiro lugar, que não posso fazer mais provas sem descanso, pelo menos no dia anterior; em segundo lugar que o meu btt ainda pode melhorar muito, tenho de ir mais vezes a Valongo; e em terceiro lugar, que ainda tenho muita bicicleta para treinar, se quero acabar o segmento de bicicleta dos triatlos mais longos confortável o suficiente para iniciar bem a corrida.


Agora esperam-me 15 dias para a próxima prova, que serão os43 km do trail do Paleozóico, para este tenho mesmo de descansar.

Duatlo BTT Famalicão - Sprint
Posição final: 112º entre 450
Tempo 1 hora, 25 minutos e 01 segundos


Trail de Conímbriga and Terras de Sicó











24th of February, 2013
VI Conimbriga and Terras de Sicó Trail - Condeixa-a-Nova

(For now, It's just in Portuguese)

E finalmente chegou a minha terceira prova do ano, num dia cheio de sol, mas muito frio. Desta vez éramos 4 os atletas da equipa de triatlo da AASM que nos apresentamos às 7 e meia da manha prontos para partir para Condeixa-a-Nova.

Depois de mais um sábado bem forte, em termos de treinos, com 2800 metros de natação e um passeio de 30 km para experimentar a bike que levarei ao primeiro duatlo, marcado para a semana seguinte.

Chegamos a Condeixa a tempo de irmos buscar os dorsais, tirar a roupa toda que trazíamos vestida, como referi antes, estava mesmo muito frio, e o nosso lugar na partida nem chegou a aquecer. Lá partimos nós para os 22 km que tinha-mos pela frente.


Mesmo antes de começar, cometi um erro de principiante, nestas lides do trail, como estava frio e a velocidade que se tem numa prova de trail é inferior à velocidade das provas de estrada, achei que seria boa ideia levar a t-shirt da equipa por cima de uma sweat, mas escolhi uma bem quentinha, que uso para treinar nos dias de maior frio. Erro grave, nem 5 minutos depois de termos começado já estava a transpirar por todos os lados. Resultado, ainda nao tinha passado o primeiro km já estava de t-shirt caveada e um peso morto nas costas a juntar ao litro de agua que trazia na mochila.

A Carla Mendes saiu disparada e desapareceu à minha frente, e à dos meus companheiros de prova, pelo menos até meio, o Rui Pena e o Paulo Neves. A prova começou com uma passagem pelas ruínas de Conímbriga, as quais logo abandonamos por um percurso, que começou  bastante rolante, com estradões largos e com bom piso, mas que depressa se transformaram em subidas íngremes por trilos de pedras afiadas e irregulares, bastante técnicos e a exigir muita concentração. E as descidas que se seguiram tinham a mesma característica.


O primeiro posto de abastecimento apareceu logo depois dos 5 km, o que era um bom sinal, que provavelmente de 5 em 5 km teria o que comer. Parei no primeiro posto, juntamente com o Paulo Neves e qual o meu espanto, quando vejo que o Rui Pena nem olhou para ele, quanto mais parar. foi meter um bocado de banana e queijo na boca e seguir em seu encalço. A ideia era tentar fazer a prova na companhia dos dois.


A meio da prova, numa das subidas íngremes e técnicas, apanhamos a Carla, que estava a lutar pelos lugares cimeiros. Vi que estava a ter dificuldades, nesta parte da prova e resolvi acompanha-la um bocado para a ajudar nos seus objectivos, quando olhei para trás, já tinha perdido o Pena e o Neves. Agora o melhor que podia fazer era tentar acompanhar a Carla, apesar de saber que o mais provável seria a certa altura vê-la afastar-se à minha frente. Acabou por se afastar, mas mal o terreno piorava voltava à minha companhia. E assim fomos até final, tendo cortado a meta uns 5 metros atrás da Carla, o que para mim foi uma grande vitória. O tempo final de 2 horas e 19 minutos, acabou por me surpreender.


Desta vez, não tive problemas de maior, apenas senti uma pequena dor no pé que torci em Novembro no trail Amigos da Montanha, e fiquei um bocado arranhado de silvas, pois nem levava meias de compressão até ao joelho, nem tinha os braços resguardados.


E que lições pude eu tirar para os 43 km, que quero fazer a 17 de Fevereiro? Se estiver frio, não vou levar a mochila de hidratação, acabei por não beber sequer metade da água, levar apenas uma t-shirt, levar meias de compressão, aproveitar melhor as paragens nos abastecimentos e acima de tudo ir com um ritmo menor, pois é o dobro do que fiz em Condeixa.


IV Trail de Conimbriga Terras de Sicó . 23 km
Dorsal: 3115 - Posição final: 114º entre 572
Tempo 2 horas, 19 minutos e 54 segundos


Em Viana sobre chuva forte











20th of January, 2013
Manuela Machado Half Marathon (Viana do Castelo)

(For now, It's just in Portuguese)

Quando acordei estava um dia frio de Inverno, as previsões meteorológicas estavam a bater certinho, chuva, frio e vento. Os dias anteriores tinham deixado marcas pelo país, árvores caídas, inundações e muita coisa que andou pelo ar a esvoaçar, e este domingo não parecia que iria ser melhor. Dois anos após a minha estreia na distância de meia maratona, lá estava eu a preparar-me para mais uma Meia Maratona Manuela Machado.

À hora combinada la estava eu com o resto da equipa do triatlo da AASM. 14 atletas, prontos a rumar a Viana do Castelo e a chuva continuava. Pessoalmente não estava com a ansiedade habitual, o meu objectivo estava delineado já à alguns dias, seria mais um treino, a pensar numa prova maior lá para Abril. E durante a viagem, chuva, muita chuva.

Lá estacionamos o carro, no local habitual, sim, já posso dizer que sou um habitue nas idas à Meia Maratona de Viana do Castelo, foi a minha 3ª participação. O local tem sido estrategicamente escolhido por ficar perto da partida e do local onde se levantam os dorsais. Mas este ano a organização trocou-nos as voltas e afinal teríamos de até ao outro lado da cidade buscar os dorsais. Ainda faltava uma hora, por isso não havia grandes stresses e la fomos, sempre debaixo de chuva. Lá chegados verificamos que o que normalmente era um processo rápido, desta vez seria bem mais demorado, estava uma fila considerável, e o tempo começou a passar. Quando finalmente todos tínhamos os dorsais na mão, faltavam poucos minutos para o inicio da prova e ainda tínha de ir ao carro tirar a roupa em excesso e ficar só t-shirt e calções, o que nos valeu foi que ainda havia muita gente nas filas. Correr foi a única solução, ficamos com o aquecimento feito.

Chegamos a tempo à partida, tinha sido adiada 10 minutos, mas já não pudemos fazer melhor do que ficarmos no fim dos 3 mil e tal atletas que lá estavam, mas como o objectivo era fazer um treino, nem me preocupei. Com o tiro de partida dado demorei cerca de 2 minutos a passar a meta e a iniciar o cronómetro do meu relógio. E a chuva continuava cada vez mais forte, ainda não tinha parado de cair e o frio cismava em ficar.


A corrida começou como eu tinha previsto, fui indo a um bom ritmo, sem forçar, a manter-me sempre numa zona de conforto, e a ultrapassar malta. Mesmo em ritmo de treino estava a fazer uma prova de trás para a frente. Os km's foram passando e continuei a ultrapassar, revendo alguns habitues nestas coisas das corridas e também alguns amigos que não sabia que corriam. Mas sempre acompanhado pela chuva, que ora era forte ou era menos forte, os meus pés desde cedo ficaram encharcados. Andamos para aqui a comprar sapatinhas o mais leves possível para pouparmos algumas gramas e basta um pouco de agua para as ensopar e lhes reporem todo o peso que se tenta retirar.

A prova é praticamente toda corrida na estrada que liga Viana a Ponte de lima, são 10 km para um lado e depois mais 10 km para o outro, com uma voltinha final pela cidade. Algures depois do retorno as ultrapassagens deixaram de ter a frequência inicial e a malta à minha volta começou a ser mais constante, destaco um galego com um comportamento menos normal, que ora passava por mim a grande velocidade, como logo em seguida se deixava ficar como que se estivesse a descansar.

Ao km 17, mais coisa menos coisa, perto da entrada de Viana, o percurso em vez de virar para a zona alta da cidade, como aconteceu nos anos anteriores, manteve-se na estrada que liga ao centro, à cota do rio. Uma melhoria, que se deve ter ficado a dever à empresa que este ano estava na organização da prova, a RunPorto. Afinal não foram só coisas más, como a desorganização em que se tornou a entrega dos dorsais, que a nova organização veio trazer.

Eu estava bem fisicamente, sem qualquer dor muscular, nem qualquer manifestação das dores que me têm perseguido desde que torci o pé no trail amigos da montanha, resolvi acelerar um bocado e assim regressei às ultrapassagens, situação que aconteceu até ao final da prova. Quase no final ainda apanhei o Paulo Neves, que acabou por ficar uns lugares atrás de mim.


Quando estava a alguns metros da meta olhei para o relógio oficial, com os olhos cheios de agua por causa da chuva, pareceu-me ver 1h e 41 m, pensei para os meus botões que afinal não tinha sido muito mau, se tira-se os 2 minutos que tinha levado a passar a meta, ainda ficava abaixo dos 1h40m, mas quando olhei melhor o cronometro ia em 1h e 33 m, afinal o meu treino tinha-me garantido o recorde pessoal na Meia Maratona. Quando parei o cronómetro, sob a linha de chegada, marcava 1 hora, 32 minutos e 36 segundos.

A partir dai comecei a arrefecer, e a ficar com muito frio, os meus dedos estavam roxos, foi correr até ao carro, pegar na roupa, ir a uma padaria, secar-me, trocar-me e regressar a casa, desta vez as famosas bolas de berlin no Natário ficaram por comer, mas para o ano espero que ainda estejam lá, e se puder ser, sem tanta chuva, porque os aquatlos só começam lá para Março.

Meia Maratona Manuela Machado - 21 km
Dorsal 1076 - Posição final: 732
Tempo 1 hora, 32 minutos e 36 segundos





My first race











14th of March, 2010
Father's Day Race

(For now, It's just in Portuguese)

Tudo começou no longínquo inverno do ano da graça de 2010, mais concretamente no mês de Fevereiro. Passeava eu pelas ruas da cidade do Porto quando me deparei com um cartaz a anunciar a corrida do dia do Pai, normalmente apenas leio este tipo de cartazes na diagonal, mas este deixou-me parado na sua frente a pensar. Fazia alguns anos que a  minha actividade física era esporádica e até à data nunca me tinha passado pela cabeça correr 100 metro, quanto mais 10 km. Sempre que pensava em correr ou em conversa com amigos se falava em correr, só me vinha à ideia, Correr?? só se for atrás de uma bola ou a fugir de um cão!


Mas aquele momento em frente ao cartaz deixou o bichinho cá dentro, comecei a pensar! E porque não?? afinal sou pai, seria uma boa desculpa para experimentar, na pior das hipóteses corria uma vez e seguia a minha vida. Mas até poderia gostar e mudar o estigma que sempre tive em relação à corrida.

Com a decisão tomada, comecei a pensar nas implicações que essa mesma decisão teria. Precisava de treinar, correr uma distância destas não poderia ser feito assim a frio, sem qualquer treino, mas para isso teria de comprar umas sapatilhas de corrida, não possuía nenhum calçado de desporto que pudesse utilizar.

Desloquei-me à Decahtlon, rumei à secção de corrida, normalmente até costumo frequentar lojas de desporto, mas estava acostumado a vaguear pelos corredores das bicicletas, dos desportos de inverno ou do mergulho. Foi uma estreia para mim, nunca pensei que existissem tantos modelos, para tantas especificações de corrida, procurei as sapatilhas com as características que melhor se adaptavam à minha estreia, para dizer a verdade não percebia nada do assunto e só havia um requisito para o que queria comprar, tinham de ser as mais baratas, afinal se não gostasse da coisa o que iria fazer com o que fosse comprar?

Depois de muito procurar, fiquei-me por umas sapatilhas da marca da Decahtlon, que estavam à venda pela módica quantia de 12€. Nessa altura nem sonhava se seria prenador ou supinador, se queria calçado leve ou mais pesado, se queria muito ou pouco amortecimento, o preço era a única coisa que me fazia mover por ali.

Comentei a minha decisão com um amigo, o Paulo Ferreira, que acabou por gostar da ideia e também se inscreveu. Com treinos tão longos, para minimizar o efeito de correr durante tanto tempo, sim, estávamos a planear fazer treinos de mais de meia hora, a chegar talvez aos 45 minutos, combinamos treinar juntos.
Devemos ter treinado umas 4 vezes, com paragens forçadas por causa do joelho do Paulo. Nunca corremos mais do que 6 km.

No dia da prova acabei por ir sozinho fazê-la, o meu amigo ficou no estaleiro por lesão no referido joelho.
Acordei bem cedo e meti-me a caminho do parque da cidade, como nunca tinha feito nenhuma corrida não sabia ao que ia, como dos meus amigos não conhecia ninguém que corre-se, também não pude andar a tentar saber o que me esperava.

Cheguei e vi logo todo o "circo" que costuma existir junto da meta bem como um mar de gente a preparar-se para a partida. Ainda devia faltar uma meia hora tentei perceber como é que a coisa se iria processar e ver se via alguma cara conhecida. Encontrei um amigo da altura em que andava pela faculdade, o Escaleira da Tuna da Católica, à conversa, diz-me que na semana que antecedeu a prova tinha corrido todo o percurso em treino, eu só pensava para os meus botões, que ele deveria ser maluco, então tinha corrido uma distância tão grande como treino. Como eu era inocente nessa altura em relação à corrida. O seu objectivo para a prova era acaba-la abaixo da hora.

Lá me coloquei no meio dos atletas para o tiro da partida, graças à minha inexperiência, em vez de me por junto dos que iriam fazer os 10 km misturei-me com as pessoas da caminhada, resultado, demorei quase 10 minutos a passar o pórtico da partida.

A prova em si custou muito, a falta de treino fez-se sentir do inicio ao fim de toda a corrida, eu corri, parei, caminhei, voltei a correr, disse mal da minha vida, disse mal da vida dos outros, só não insultei quem ia à minha beira porque não achei que seria de bom tom e se o fizesse, ai sim teria mesmo de correr mesmo que não consegui-se, e aquilo nunca mais acabava, quando comecei a ver a meta, na subida da Av da boavista e alguma luz no fim do túnel, descubro que ainda me faltavam 2 km e ainda tinha de subir até ao colégio do rosário.

Ao fim de muito sofrimento lá concluí a prova, estava de rastos, estava com a sensação de que me tinham passado por cima com um daqueles tanques que os usa utilizaram na guerra do golfo, mas por incrível que parecesse sentia-me bem, com uma grande satisfação e orgulho por ter concluído a prova.

E o resultado final acabou por ser bem melhor do que estava à espera, tinha conseguido ficar abaixo da hora, por 30 segundos, mas tinha conseguido, ao contrario do meu amigo que demorou mais uns minutos a concluir. Afinal não estava assim em tão má forma como pensava.

No final da prova encontro outro amigo, o Pedro Faria, que também estava a correr pela primeira vez e que fez um tempo próximo do meu. Combinamos fazer uns treinos e a partir daí tem sido uma companhia constante, quer em treinos quer nas provas, nesta aventura que comecei nesse longínquo dia de inverno de 2010.

Corrida do dia do Pai 2010 - 10 km
Dorsal 2798
Tempo: 59 minutos 31 segundos

Why did I start writing











(For now, It's just in Portuguese)

28 de Outubro de 2012, completei hoje a minha 3 maratona, a 9ª Maratona do Porto, bati o meu recorde pessoal e passei o resto do dia deitado no sofá.

Já à algum tempo que queria iniciar um blog onde pudesse contar as minhas aventuras desportivas. Hoje, com tempo disponível, confinado ao meu sofá e sem poder fazer grande coisa além de algum zapping e ir comentando os feitos de alguns amigos hoje na prova, pus mão à obra, criei o blog triathlonroadrunner.blogspot.pt, configurei-o e aqui estou eu com o meu primeiro post.

Podia começar as minhas narrativas com a descrição da minha experiência na maratona de hoje, mas vou deixar essa descrição mais para a frente, antes, gostava de falar sobre o que fiz até aqui, desde que comecei a correr e fiz a minha primeira corrida, à cerca de 2 anos e meio atrás.

Posso olhar para este post como uma declaração de intenções, para o que me proponho narrar aqui. Pretendo começar por explicar o que me motivou a iniciar na corrida, falar sobre as corridas que realizei, sobre como começou a minha ligação ao triatlo, a minha ligação à equipa de triatlo da Associação Académica de São Mamede, narrar a minha primeira maratona (faz agora um ano) e descrever as provas que realizei este ano, tanto as corridas como os triatlo e depois tudo, ai sim escrever a minha experiência na corrida de hoje.

Depois destes posts iniciais, sempre que realizar uma prova ou existir algum evento que mereça o meu comentário, tentarei fazê-lo aqui.


A todos dou as boas vindas ao meu Blog.
Paulo Araújo Costa
Porto, Portugal

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